"Registro
da exibição em Pelotas do grupo acrobático alemão Zugspitz Artisten, ocorrida
nos dias 14, 15 e 16 de maio de 1957. O grupo era composto dos artistas Alex
Schack, Siegward Bach, Rudi Berg e Miss Sylvia. Seu nome era uma referência ao
monte Zugspitz, o mais alto da Alemanha, e palco de uma de suas primeiras e
mais notáveis façanhas. A inscrição “Guaspari” em seu uniforme faz referência à
firma “Roupas Guaspari”, patrocinadora da turnê regional do espetáculo.
À época em que esteve em Pelotas, o
grupo contava oito anos de atuação, e já gozava de fama internacional. Nesta
vertiginosa fotografia, é feita a travessia do alto do Rex Hotel para o
Edifício Del Grande, ao lado do Theatro Sete de Abril. As proezas acrobáticas
do grupo (as quais incluíam a travessia do cabo de aço também sobre uma
motocicleta) continuam bem vivas na memória de muitos pelotenses, ao som dos
gritos de “Cuidado, Alex!”.
O jornal Diário Popular de 10 de
maio de 1957 noticiara que se encontrava em Pelotas o Sr. Maximilian Von Haercken
(sic), empresário dos ‘Artistas Zugspitz’, tratando das respectivas licenças
para o espetáculo, junto à Prefeitura Municipal. Os acrobatas procediam
diretamente da Capital do Estado, onde haviam acabado de exibir seus feitos, e rumariam
depois à cidade de Rio Grande, para espetáculos nos dias 18 e 19 seguintes.
Para Pelotas, a ideia inicial, ainda segundo o periódico, era fazer-se a
travessia entre o Grande Hotel e o Edifício Del Grande. As fotografias
conhecidas parecem confirmar que, ao fim, foram escolhidos o Rex Hotel e o
Edifício Del Grande, possivelmente pela viabilidade, mais favorável. Nesta
fotografia, o registro da travessia de um dos equilibristas, auxiliado por uma
vara, desde o alto do Edifício Del Grande em direção ao Rex Hotel (sentido oposto
ao da figura da página 48). Acervo de Adriano Ortiz e Jeni Ortiz (in memoriam)."
Fotos: Acervo de Adriano Ortiz e Jeni Ortiz (in memoriam). Colaboração de Ana Lúcia Alt para Almanaque do bicentenário vol.3* e pesquisa iconográfica de Guilherme Pinto.
* O Almanaque do Bicentenário vol.3, exigiu o esforço de mais de 30 pesquisadores e historiadores, revendo a história da cidade, e contou também com a coordenação editorial do professor Luís Rubira, a pesquisa iconográfica de Guilherme Pinto de Almeida e montagem e arte gráfica de Valder Valeirão (Nativu Design).
Fonte de texto e fotos: Almanaque do bicentenário vol.3, acesso em http://www.almanaquedepelotas.com.br/volume3.htm em 3 de fevereiro 2015.
ainda,
Complementando a postagem, em pesquisa pela internet é possível achar uma menção a passagem em Pelotas do grupo acrobático, que leva o nome do monte mais alto da Alemanha. No blog do nosso conterrâneo, hoje morador na Finlândia, Sr. Paulo Franke, assim como o Prof. Pedro Teixeira nos relata nos comentários, o Sr. Paulo também foi testemunha presente do acontecido, na época com 15 anos.
" - Estávamos acostumados a assistir a espetáculos circenses, com muitos números de corda bamba, mas esse superava a todos! No final do espetáculo, pedi autógrafos a cada um dos artistas de Zugspitz. E guardo suas fotos até hoje." (Paulo Franke)Autógrafos nas fotos distribuídas no evento:
Obs: Veja uma matéria sobre a apresentação do Grupo acrobático Zugspitz Artisten em Porto Alegre em http://wp.clicrbs.com.br/santana/2013/11/21/os-zugspitzen-artisten/
Fábio.
ResponderExcluirHá coisas e coisas, mas o importante é a viagem que proporcionas e eu fui uma testemunha ocular destas apresentações, pois não deixei de assistir estático esse, para época impressionante feito.
Prof. Pedro.
Eu lembro deste dia e do tal Alex.
ResponderExcluirUma curiosidade na ocasião,foi o convite que os "Artisten" fizeram a quem se animasse a fazer a travessia com eles. Apresentou-se o meu amigo e colega da então ETP, Enilton Grill e fez a travessia pendurado no trapézio da moto!!! Bons tempos aqueles. Um abraço, Richard.
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